BIODIVERSIDADE E HABITATS EM AMBIENTE URBANO



Comentários

  1. Caro colega:
    Belos exemplos os que deu e, felizmente, “nós por cá “ também temos um bom exemplo - o Corredor Verde de Monsanto. Este corredor é uma das realizações mais notáveis do Professor Arquiteto Paisagista Gonçalo Ribeiro Telles e configura uma peça fundamental da Estrutura Ecológica, uma matriz formada e articulada por sistemas e subsistemas: o Sistema de Mobilidade, o Sistema de Circulação da Água e do Ar, o Sistema de Transição Fluvial-Estuarino e o Sistema de Unidades Ecológicas Estruturantes, onde se destacam os Subsistemas Parque Periférico, Zona Ribeirinha, Corredor Verde de Chelas, Corredor do Vale de Alcântara e o próprio Corredor Verde de Monsanto. Em Lisboa há 9 corredores verde que constituem “um sistema contínuo, estabelecendo ligações entre áreas de elevada concentração de recursos ecológicos, paisagísticos e culturais, promovendo a sua protecção e compatibilização com a actividade humana” (Ferreira, et al., 2004).
    Cumprimentos e continuação de um bom trabalho
    Ana Marta Conceição

    Bibliografia:
    - Ferreira, J. C., Silva, C., Tenedorio, J. A., Pontes, S., Encarnação, S and Marques, L. (2004) Coastal Greenways: Interdisciplinarity and Integration Challenges for the Management of Developed Coastal Areas. Journal of Coastal Research: 39.
    - http://www.cm-lisboa.pt/viver/ambiente/corredores-verdes

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    1. Cara colega Ana,
      Obrigado pelo seu comentário. A cidade de Lisboa é um bom exemplo na questão dos corredores. No meu trabalho coloquei a alameda do parque Eduardo VII que é o miolo de um corredor que vai dos Restauradores até à Gulbenkian, onde se adaptaram diversas estratégias para diferentes espécies. Falta ao corredor o espaço aquático. Aquela alameda central podia servir como zona de recepção de pluviais e dissipação de cheias na baixa, por exemplo. No entanto haveria quem se levantasse contra a retirada dos canteiros geométricos.
      Cumprimentos,
      João Alves

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  2. Caro João Alves,
    desde logo permite-me um elogio pelo conteúdo do teu trabalho sobre Biodiversidade e Habitats em ambiente urbano, de facto foi para mim enriquecedor para a consolidação de conhecimentos nesta área.
    O slide 3 expõem um exemplo (no caso o Castelo de Segóvia / Espanha) de um aproveitamento verde em edifícios ou estruturas e monumentos que pode servir para exemplos a ser adotados em outros edifícios da mesma tipologia e que constitui ao mesmo tempo que conserva a Biodiversidade conserva o edifico / monumento.
    No entanto assina-lo uma outra vertente, não menos importante encontrada entre os slides 21 a 26, onde é referido o aspeto do jardim vertical e o jardim para dentro e que tem como objetivo permitir a criação de espaços verdes nos edifícios das cidades, tanto na dimensão do aproveitamento de espaço que eventualmente estejam abertos e de certa forma sem uma utilização pessoal ou comum. Como permitir uma articulação ou opção ao projeto de trabalho que foquei no meu Blog Coberturas Verdes, ou seja não podendo os edifícios articular as referidas opções de espaços verdes nos edifícios, por motivos de diversas razões, sejam técnicas e construtivas, como de localização ou em termos de autorização arquitetónica ou legislativa, podem e devem ser um complemento entre as três, uma alternativa e /ou uma simbiose plena, que tem o objetivo de melhorar a Biodiversidade,
    cump,

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  3. Caro Bruno Portela,
    Muito obrigado pelo seu comentário. De facto os corredores ecológicos são importantes para obviar às questões da fragmentação de habitats, mas os pequenos mosaicos como varandas, empenas e terraços são importantes para habitats destinadas a espécies adaptadas a eles. Sobre as coberturas verdes, sei que a Câmara Municipal da Guarda adaptou o terraço dos Paços do Concelho para a colocação de hortas urbanas. No Porto foi feito um excelente trabalho na praça de Lisboa entre os clérigos e a livraria Lello, com a construção de um edifício comercial, onde o terraço ficou uma praça ajardinada pública.
    Cumprimentos,
    João Alves

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  4. Caro João,
    Interessante a forma como abordou o tema que estamos estudando. Sobre a fauna existente nos espaços urbanos, a migração para áreas urbanas ocorre devido a oferta de alimentos, variedade de novos nichos ecológicos e falta de predadores. Como poderíamos pensar que nossas cidades podem se transformar no paraíso para algumas espécies Faeth, S.H. et al 2011). A forma como você tratou a interação entre as estruturas verde, cinza e azul ficou interessante. Fiquei encantada com os exemplos! Mas me parece que o desafio se encontra nos campos marrons (Brown Field). Dar uma destinação sustentável às áreas abandonadas ou subutilizadas nas cidades ainda é um paradigma a vencer.
    Bons Estudos
    Natalia Gomes

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    1. Cara Natália, obrigado pelo seu comentário.
      As zonas de Brown field são de facto um desafio. Londres, cidade que citei várias vezes nas fotos que coloquei, tem experiências muito interessantes nesse campo. Uma zona onde se desmantelaram gasómetros, foi urbanizada de forma a que se preservasse uma grande área como espaço verde e de lazer. Lisboa fez um excelente trabalho com uma zona industrial desactivada onde instalou a exposição mundial de Lisboa e que aproveitou para reabilitar uma área degradada sem no entanto densificar a urbanização. Outra cidade que visitei e que tem uma excelente relação entre espaço urbanizado e área verde é Berlim, cidade que se implantou sobre uma zona húmida e pantanosa. Infelizmente fiquei sem as fotos por avaria da máquina.
      Cumprimentos,
      João

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  5. Meu caro João, uma diferente apresentação e mais do que isso, de grande qualidade. O seu trabalho nos faz refletir sempre um pouco mais. Quando se quer tudo se pode conseguir. A presença do verde nas cidades, com os jardins nos telhados é algo que precisa ser muito mais incentivada, pois, consiste em uma excelente estratégia de restituir boa parte do verde nos centros urbanos, onde infelizmente predominam a cor cinzenta. A china por exemplo já está construindo florestas verticais, com o objetivo de promover o sequestro de carbono. Na verdade basta dar o primeiro passo. A produção de alimentos nesses telhados verdes e nas residências como acontece no Canadá e em Havana em Cuba, é u exemplo que todos os países deveriam seguir.

    Referência:
    Ministério do Meio Ambiente do Brasil, Oganização das Nações Unidas, Avaliação Global das Conexões Entre Urbanização, Biodiversidade e Serviços Ecossistêmicos Ações e Políticas Panorama da Biodiversidade nas Cidades, (2012).

    Zilmar Figueiredo

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